Total de visualizações de página

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Três bichos e suas facetas...

Vamo-nos sentar, que lá vem...
  
Pretty é o cúmulo da inquietude.
Nada fica perto dela, sem que
ela registre seu domínio e poder.

Vou contar, agora, uma historinha bem legal, de três interessantes bichinhos que conheci, aqui, na minha terra: duas cadelas e um jabuti macho. Darei outros nomes a eles, para preservar suas identidades. Afinal, eles permitiram que eu os fotografasse e abordasse um pouco sobre suas vidas, então, nada mais natural.

Ananda é tranquila, na dela. Transmite
confiança e fidelidade. Ela é adepta à
não-violência, e sempre se resguarda
do veneno imaturo de Pretty.

Posso garantir terem  sido ricos momentos de aprendizado e troca, que não poderia deixar de compartilhar com cada um de vocês amigos "blog-blogues".
Ananda é uma cadela especial. Madura, tranqüila e bastante generosa. Ananda não tem pedigree, sempre viveu num ambiente simples, com pessoas igualmente simples, porém de boa linhagem, de espírito ensinável e coração humanizado.
Ananda fez amizade com Thantu, um jabuti, o acolhendo quando seu amigo Hindra, de mesma espécie, morreu de depressão, por ação ostensiva de assédio moral de um dos moradores da casa. Sensível, Hindra não suportou o desprezo e o ódio a ele servidos diariamente.
Um jabuti sensível, cordato, reservado e emocionalmente equilibrado, posso traduzi-lo assim. Thantu costumava dormir abrigado ao peito de Ananda, sem medo de repousar seu esticado pescoço em uma de suas patas. Por muito tempo foi assim. Era uma amizade tranqüila entre uma cadela e um jabuti.

Mas tudo isso mudou, infelizmente, para Thantu e Ananda. Na casa, depois da chegada de uma outra cadelinha, inquieta e ávida por carinho, chamada Pretty, as coisas tomaram outro rumo.

Pretty atravessa o caminho de
qualquer um que
ameace sua atenção.
Thantu já não pode mais chegar perto de Ananda, que logo Pretty as separa com todo vigor e arroubo, típicos de uma cadela nova e imatura.
Os poucos “anos” de vida de Pretty e sua insegurança até hoje ainda não permitem uma convivência pacífica entre os três. Desde que chegou, ela requer atenção exclusiva de tudo e de todos que perto dela chegam.

Pretty usa do egoísmo e não
admite viver em grupo. Tudo e todos
têm de estar à sua disposição.


Conversas não adiantam muito com
Pretty. Ela só obedece a movimentos
bruscos da fala, do corpo e do olhar.

Antes, Ananda convivia tranquilamente com Thantu. Um ajudando o outro em tudo. Chegavam ao ponto de dividirem determinadas refeições até.

Ananda sabia o que Thantu gostava de comer e, quando via as saladas de verdura e as frutas, logo virava o seu alto prato para que o seu amigo jabuti pudesse saborear as guloseimas também. Era admirável a generosidade da cadela.
 
Ananda é supertranquila. Voltada para
ela mesma, cuida de cada detalhe de seu
corpo e quando quer ganhar algo, sabe
usar bem seu dom de convencimento
e sua maturidade emocional.


<> 
<>
Thantu é atento, calmo
e não gosta de confusão,
mas não o incomode, pois
não releva nada, quando
se chateia.
Ao acompanhar toda essa história e movimentação, percebi o quanto os animais nos têm a ensinar. O quanto “limite”, “respeito”, “partilha”, “amizade” etc. são necessários para um relacionamento feliz e harmonioso entre iguais e diferentes. Assim como a “inveja”, a “violência”, o “ciúme”, o “ego”, o “egocentrismo”, dentre outras coisitas relativas aos monstros que alimentamos em nós mesmos, são daninhos à nossa paz e serenidade.
Já Pretty insiste em permanecer
promovendo ruturas nas relações.
Sua vontade tem de ser feita de
qualquer maneira e no seu tempo.
 
 

Nada explica atitudes intempestivas e cheias de mágoa, numa relação pautada entre o amor e o respeito. O lado animalesco no trato das relações humanas faz parte de uma linguagem rude, sem uso do senso crítico e do burilamento emocional, tudo se torna meramente instintivo.
Já Pretty insiste em permanecer
promovendo ruturas nas relações.
Sua vontade tem de ser feita de
qualquer maneira e no seu tempo.
 

Para manter-nos em equilíbrio, a "Oração da Serenidade" pode se tornar um excelente instrumento. Caso ainda não conheça essa oração, muito bem ensinada por Madre Tereza de Calcutá, é só acompanhar a próxima postagem, onde falarei sobre o belo trabalho de um grupo, denominado de "O Amor Exigente". Se não quiser aguardar, corre pro google, cherto?!

Bom crescimento!
Om Shanti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário